quarta-feira, 7 de julho de 2010

A pimenta é o nome comum dado a vários tipos de condimentos culinários de sabor picante. Entre estes destacam-se

  • as sementes de plantas da família Piperaceae, das quais se destacam as do género Piper, no qual se inclui a planta que dá origem à pimenta-do-reino como é conhecida no Brasil, pimenta-preta em Portugal e pimenta-redonda em Moçambique. Diferentes maturações e colheita dos grãos oriundos desta planta, Piper nigrum, dão origem à pimenta-verde, à pimenta-branca e à pimenta-preta.
  • O género Capsicum, da família Solanaceae, compreende por volta de 27 espécies conhecidas. A estas plantas, está associada a escala de Scoville, que mede o grau de picante, também chamado de ardência e pungência[1][2]. Entre os frutos de plantas deste género, destacam-se, pelo seu uso: o pimentão (português brasileiro) ou pimento (português europeu) que não é picante, a pimenta-malagueta (que em Portugal e em Moçambique é também conhecida como piri-piri no caso de frutos de menores dimensões e por vezes secos), a pimenta-de-caiena (nome dado à especiaria resultante de uma variedade de paprica seca e feita em pó), a pimenta-calabresa (conhecida no Brasil como pimenta dedo-de-moça ou chifre-de-veado, esta última associada a frutos de maiores dimensões e coloração mais intensa). A maioria destas espécies é ligeiramente tóxica, causando sudorese e hipertensão em altas doses.
  • A aroeira, também conhecida como aroeira-mansa ou aroeira-vermelha, é uma planta relacionada com o caju, das espécies Schinus molle e S. terebinthifolius, da família Anacardiaceae.
  • A pimenta-szechuan é produzida por uma planta da família Rutaceae, espécie Zanthoxylum piperitum.
  • A família Myrtaceae contém várias espécies de pimentas de usos variados. A pimenta-da-jamaica, por exemplo, é o fruto da Pimenta dioica que, devido ao seu sabor que pode lembrar o cravo, a canela e a noz-moscada, é conhecida também como pimenta all spice.
  • A bhut jolokia, considerada a mais ardida entre as pimentas, atinge 1 milhão Scoville e a red savina, 577 mil[1].
  • Pimenta no Brasil

    Uma das principais características culturais das tribos indígenas que habitavam as terras brasileiras na época do descobrimento era o cultivo de pimentas. Após o descobrimento, as sementes e frutos de pimentas passaram a ser cada vez mais cultivados e disseminados entre vários povos e utilizados de diversas formas.

    A "capital nacional da pimenta", como é conhecido o município de Turuçu no Rio Grande do Sul[3], começou a cultivá-la no final do século XIX. Tal informação pode ser comprovada pelos depoimentos dos produtores da região, muitos deles já de idade elevada, tendo passado dos sessenta anos de idade, que relembram a cultura do cultivo, passada a eles por seus pais.

    Em Minas Gerais, é muito empregada a pimenta-biquinho, a Capsicum chinense, onde também há mais cultivo da variedade. É utilizada em molhos e temperos[1].

    A variedade dedo-de-moça (Capsicum baccatum), uma das mais cultivadas, é originária do Brasil[1].

    A Capsicum frutescens, popularmente conhecida como pimenta-malagueta, é originária da Amazônia e é cultivada sobretudo em Minas Gerais, Goiás e Bahia[1].

    Benefícios à saúde

    A pimenta faz bem à saúde e seu consumo é benéfico para quem tem enxaqueca. A substância química que dá à pimenta o seu caráter ardido é a capsaicina, a qual também possui propriedades benéficas à saúde. Ela provoca a liberação de endorfinas, substâncias que provocam uma sensação de bem-estar. As substâncias picantes das pimentas melhoram a digestão, estimulando as secreções do estômago. Possuem efeito antiflatulência. Favorecem a cicatrização de feridas. Existem estudos que demonstram que a pimenta é um potente antioxidante (antienvelhecimento) e anti-inflamatório. A pimenta possui propriedades anticâncer.[4]

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